Doação
Hemopel sofre com baixo estoque
Faltam doadores de todos os tipos sanguíneos, porém, os estoques mais baixos são os Rh A negativo e O negativo
Carlos Queiroz -
O Hemocentro Regional de Pelotas (Hemopel) necessita de cerca de 80 doações de sangue por dia e tem arrecadado apenas a metade dessa meta. Faltam doadores de todos os tipos sanguíneos, porém, os estoques mais baixos são os Rh A negativo e O negativo. A queda está associada ao inverno. Historicamente as baixas temperaturas e os sintomas de resfriados desmotivam os doadores. Outro fator que deixa muitos em dúvida é o intervalo a ser obedecido entre a vacinação contra a gripe e a doação. O Ministério da Saúde orienta 48 horas após a aplicação, já alguns hemocentros pedem um intervalo de 30 dias, dependendo do tipo da vacina.
Muitos só procuram o Hemocentro quando algum parente ou conhecido necessita de sangue. Foi o que motivou F.J.R., 54, na tarde desta segunda-feira. De acordo com a assistente social do Hemopel, Gisele Pinto, hábito que não deveria acontecer apenas nessa circunstância. Toda pessoa que estiver em boas condições deveria procurar doar, já que a demanda continua a mesma, independentemente da época do ano. Lembrando que homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três. Uma única bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Por isso, o ato é tão significativo.
Funcionamento
O Hemocentro de Pelotas fica na avenida Bento Gonçalves, 4.569. O horário de atendimento é das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia, e também no primeiro sábado de cada mês, das 8h às 13h. Para aumentar os estoques, toda quarta-feira e durante dois sábados do mês o local vai até outros municípios - que integram a 3° e 7° Coordenadorias de Saúde - em busca de doadores. Estes municípios também são abastecidos com as bolsas de sangue do Hemopel, além do Pronto-Socorro de Pelotas, dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) da Beneficência Portuguesa e do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP/UCPel).
Vacina da gripe
Existem duas técnicas de fabricação da vacina, segundo a chefe de Departamento da Vigilância Epidemiológica, Maria Regina Gomes. Uma utiliza o vírus morto e a outra o vírus inativo. Independentemente da técnica usada, ambas têm o mesmo efeito no organismo, mas muda o tempo de intervalo para a doação de sangue. Com o vírus morto a indicação é de 48 horas posterior à aplicação, já com o inativo a recomendação é que a pessoa aguarde 30 dias. Regina Gomes sugere que a pessoa faça a doação antes de tomar a vacina, já que ambas podem ser feitas no mesmo dia. A assistente do Hemocentro aconselha as pessoas que perguntem qual vacina será aplicada e que procurem o Hemocentro, pois as vacinas que chegaram à rede municipal e grande parte à rede particular foram feitas com o vírus morto. (Karina Kruschardt)
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